talvez os polegares não desviem as águas
dobradas pelas raízes
em conversas a fio
pensava nela a regressar das raízes pelas mãos
de como se lembra de toda a água que já foi
e se ouve ainda o fechar da maré
em cada rotação dos seus olhos
ouvia repetidamente
divide a luz se te atreves
e talvez aí a sombra
cada célula
grávida de um segredo:
não espero da água
o que espero de mim
que no código de vez em quando
tenha sobrado um verso:
pode levar-se uma pergunta ao infinito
ou dar-lhe um beijo
4 comments:
[tantas as possibilidades do mundo,
quando se faz voz o poema,
o caminho, nunca derradeiro, corpo inteiro
de letra a letra, a palavra.]
um abraço,
Leonardo B.
Obrigada e um abraço!
que sobrem os códigos, os partos das células do sentimento, onde a forma do poema nasce.
Parabéns, conterrânea.
Abraço,
Voltarei, não conhecia e inspira,
Gavine Rubro
http://psico-soma.blogspot.com/
Obrigada pela visita que retribuirei.
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